Ataques terroristas, desastres nucleares, exterminação humana e desigualdade social, são alguns dos acontecimentos que constroem os locais de Turismo Trágico. Milhares de pessoas costumam viajar todos os anos para observarem in loco o que aterrorizou, num passado longínquo ou recente, o seu semelhante. São locais impossíveis de descrever, repletos de história e memória, que causam experiências surreais.
Percorrendo Auschwitz-Birquenau, na Polónia, os olhares esfriam perante restos de cabelos, malas, sapatos e centenas de fotografias dos milhares de judeus e ciganos exterminados, a mando do chanceler alemão Adolf Hitler. Num olhar mais sereno, o holocausto está representado na Holanda, no Museu de Anne Frank, onde a jovem escreveu um diário, repleto de memórias do tempo em que esteve escondida no Anexo Secreto.
Como Anne Frank, muitas outras personalidades de relevância cultural marcam alguns locais como produtos turísticos de interesse. O conhecido cemitério do Père-Lachaise, em França, tem milhares de visitas todos os anos porque sepulta grandes nomes como o compositor Frédéric Chopin e os cantores Edith Piath e Jim Morrison. Já na América, o Cemitério Nacional de Arlington, Virgínia, ocupa uma extensa área verde, onde descansam milhares de veteranos das guerras americanas. Aqui, os visitantes procuram o túmulo do presidente John Kennedy e o Túmulo ao Soldado Desconhecido, onde repousam três soldados incógnitos.
Os campos de batalha (Hiroshima), as catástrofes naturais (Tsunami na Tailândia), as lendárias prisões (Alcatraz) e os ataques terroristas (World Trade Center), também são atracções turísticas muito procuradas. A tortura, a dor, a tragédia e o genocídio, são algumas das palavras comuns aos que são considerados locais de turismo trágico.
Em 1986, o maior acidente nuclear de sempre matou milhares de pessoas na cidade de Chernobyl, Ucrânia. São 30km contaminados pela radioactividade, que só poderão ser habitados daqui a umas centenas de anos e que requer, em determinados locais, uma indumentária vedada para os visitantes. Chernobyl é agora uma cidade fantasma. Na localidade de Prypiate, os turistas curiosos encontram edifícios cobertos de cinza, veículos destruídos, escolas e hospitais abandonados às pressas pelos habitantes, bem como animais e algumas pessoas que, mesmo expostas à radiação elevada, não quiseram abandonar as suas terras e dão o seu testemunho real aos interessados.
É ao ouvir a descrição das tragédias na primeira pessoa ou “ver com os próprios olhos”, que o turista consegue compreender melhor a relevância social e cultural destes locais. No Brasil o número de pessoas que querem visitar as favelas tem aumentado. São sítios de pobreza e violência, que nada impedem a organização de visitas. Rocinha no Brasil, Petare na Venezuela e os bairros sociais da Índia, são os locais onde existe uma desigualdade social elevada, tornando-os por isso os mais relevantes para visitar.
Substituir o típico destino paradisíaco, por um destino onde se destaca o sofrimento é uma escolha que implica uma reflexão sobre o sofrimento e também o respeito pelo local visitado. O turismo trágico centra-se numa temática de fatalidade e é praticado pelo seu interesse histórico-cultural, por pessoas do mundo inteiro. Não será o turismo trágico uma forma de relembrar a nossa história?
Percorrendo Auschwitz-Birquenau, na Polónia, os olhares esfriam perante restos de cabelos, malas, sapatos e centenas de fotografias dos milhares de judeus e ciganos exterminados, a mando do chanceler alemão Adolf Hitler. Num olhar mais sereno, o holocausto está representado na Holanda, no Museu de Anne Frank, onde a jovem escreveu um diário, repleto de memórias do tempo em que esteve escondida no Anexo Secreto.
Como Anne Frank, muitas outras personalidades de relevância cultural marcam alguns locais como produtos turísticos de interesse. O conhecido cemitério do Père-Lachaise, em França, tem milhares de visitas todos os anos porque sepulta grandes nomes como o compositor Frédéric Chopin e os cantores Edith Piath e Jim Morrison. Já na América, o Cemitério Nacional de Arlington, Virgínia, ocupa uma extensa área verde, onde descansam milhares de veteranos das guerras americanas. Aqui, os visitantes procuram o túmulo do presidente John Kennedy e o Túmulo ao Soldado Desconhecido, onde repousam três soldados incógnitos.
Os campos de batalha (Hiroshima), as catástrofes naturais (Tsunami na Tailândia), as lendárias prisões (Alcatraz) e os ataques terroristas (World Trade Center), também são atracções turísticas muito procuradas. A tortura, a dor, a tragédia e o genocídio, são algumas das palavras comuns aos que são considerados locais de turismo trágico.
Em 1986, o maior acidente nuclear de sempre matou milhares de pessoas na cidade de Chernobyl, Ucrânia. São 30km contaminados pela radioactividade, que só poderão ser habitados daqui a umas centenas de anos e que requer, em determinados locais, uma indumentária vedada para os visitantes. Chernobyl é agora uma cidade fantasma. Na localidade de Prypiate, os turistas curiosos encontram edifícios cobertos de cinza, veículos destruídos, escolas e hospitais abandonados às pressas pelos habitantes, bem como animais e algumas pessoas que, mesmo expostas à radiação elevada, não quiseram abandonar as suas terras e dão o seu testemunho real aos interessados.
É ao ouvir a descrição das tragédias na primeira pessoa ou “ver com os próprios olhos”, que o turista consegue compreender melhor a relevância social e cultural destes locais. No Brasil o número de pessoas que querem visitar as favelas tem aumentado. São sítios de pobreza e violência, que nada impedem a organização de visitas. Rocinha no Brasil, Petare na Venezuela e os bairros sociais da Índia, são os locais onde existe uma desigualdade social elevada, tornando-os por isso os mais relevantes para visitar.
Substituir o típico destino paradisíaco, por um destino onde se destaca o sofrimento é uma escolha que implica uma reflexão sobre o sofrimento e também o respeito pelo local visitado. O turismo trágico centra-se numa temática de fatalidade e é praticado pelo seu interesse histórico-cultural, por pessoas do mundo inteiro. Não será o turismo trágico uma forma de relembrar a nossa história?
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